Teores De Glicosideos Cianogenicos Adaptado
ISSN 1982-0178
Teores de glicosídeos cianogênicos em derivados de mandioca determinados por protocolo adaptado ao laboratório de microntrientes – IC PUC-CAMPINAS
Alena Fernandes Sant’Ana
Faculdade de Nutrição
Centro de Ciências da Vida email alenafs@gmail.com.br
Resumo: A mandioca é um dos alimentos mais cultivados nos trópicos. Esta raiz é amplamente cultivada e utilizada na produção de subsistência por deter a habilidade de se desenvolver em solos pobres, apresentar-se resistente a animais herbívoros, tolerante à seca e ao ataque de insetos.
O elevado consumo deste tubérculo no Brasil e em países em desenvolvimento faz com que esta raiz e seus subprodutos representem importante parcela do fornecimento de energia para grandes contingentes populacionais. Entre as técnicas para o preparo dos subprodutos estão o aquecimento e a fermentação. A mandioca nativa apresenta a ocorrência natural de glicosídeos cianogênicos
(linamarina e lotaustralina), cuja ingestão pode determinar a produção endógena de cianeto, que pode causar danos neurológicos importantes, especialmente em grupos em que a dieta é deficiente. Há grande diversidade de procedimentos adotados domesticamente e industrialmente para o preparo de derivados de mandioca, inclusive sem aquecimento. O objetivo deste trabalho foi aplicar a metodologia adaptada para a investigação do conteúdo de glicosídeos cianogênicos em subprodutos da mandioca de uso regular no Brasil, como atividade de apoio ao projeto Estudo do efeito da dieta a base de mandioca sobre o desenvolvimento de endomiocardiofibrose em ratos submetidos a estresse nutricional. Foram testadas amostras de farinha de mandioca torrada, farinha mandioca crua, polvilho doce, polvilho azedo e folha de mandioca nova e velha, ambas com um ano de plantio. Os resultados mostram que o processamento industrial pode não ser eficiente, visto que uma amostra de farinha torrada