Teologia
A teoria do arrebatamento mesotribulacionista
Visão menos comum que a teoria do arrebatamento pós-tribulacionista como explicação para o arrebatamento durante a tribulação é a teoria mesotribulacionista. De acordo com essa interpretação, a igreja será arrebatada ao final da primeira metade (três anos e meio) da septuagésima semana de Daniel. A igreja suportará os acontecimentos da primeira metade da tribulação, que, segundo os mesotribulacionistas, não são manifestações da ira de Deus. Ela será transladada, todavia, antes que comece a segunda metade da semana, que, segundo essa te¬oria, contém todo o derramamento da ira de Deus. Afirma-se que o arrebatamento ocorrerá junto com o soar da última trombeta e a ascen¬são das duas testemunhas de Apocalipse 11.
A teoria do arrebatamento mesotribulacionista é essencialmente uma via média entre as posições pós-tribulacionista e pré-tribulacionista. Concorda com o pré-tribulacionismo ao afirmar que o arrebatamento da igreja é um aconte¬cimento distinto da segunda vinda, que o restringidor de 2Tessalonicenses 2 é o Espírito Santo e que a igreja tem promessas de libertação da ira. Tem em comum com o pós-tribulacionismo as crenças de que a igreja tem promessas de tribulação aqui na terra e necessita de purificação, que as Escrituras não ensinam a doutrina da iminência e que a igreja é vista na terra depois de Apocalipse 4.1.
I. A Base Essencial do Mesotribulacionismo
Ao estudar a posição mesotribulacionista, é útil observar que mui¬tas de suas bases essenciais são idênticas às do pós-tribulacionismo.
1) O mesotribulacionismo precisa negar ou pelo menos enfraquecer a in¬terpretação dispensacional das Escrituras e
2) negar a estrita distinção entre Israel e a igreja. Isso se observa no fato de essa teoria situar a igreja na primeira metade do período determinado sobre o povo e a cidade de Daniel.
3) A teoria repousa numa compreensão da tribulação que divide o período