Teologia

A FÉ

Para ele a fé não só é confiança como também conhecimento quando se desprende da correlação da sua teologia com o pensar de sua época, como por exemplo, da mesma forma que João com o Estoicismo e o Judaísmo tardio.
A primeira teologia de assimilação propriamente dita do cristianismo, a encontramos na teologia dos Apologistas tal como a expõem seu representante Justino: O conceito do Logos atua como mediador entre razão e Revelação, está presente como rebento , na forma fragmentada, como Logos spermatikós em cada ser humano, porém na forma plena, como tó logikón tó jólon, somente em Cristo.
Enquanto isso que Orígenes, entre outros, continua nesta linha da teologia includente que prevalece nas épocas antigas, uma teologia excludente que temerosamente não decifra a fé para que não entrem pensamentos pagãos, a pesar que ela também, se bem, mas na forma inconsciente que consciente, da lugar a helenização do cristianismo.
Incluindo Agostinho que sabe diferenciar entre “credere deum” (crer em Deus, que Deus existe) de “credere deo” (crer a Deus) e “credere in deum” (crer confiando em Deus), entende a fé como algo baseado numa autoridade. Pedro Lombardo em concordância com Abelardo advoga por três etapas da fé apoiando-se em Agostinho: “Não confundirá o crer em Deus com o crer a Deus ou o crer que Deus existe”.
A Ortodoxia , tal como antes os Loci de Melanchthon , diferencia três etapas da fé , em correspondência aos três conceitos tradicionais da fé em Deus: “notitia” (conhecer) = “credere Deum” (crer que existe Deus).
A fé fidúcia tem uma etapa importante na fé, mediante a qual cada um estabelece sua relação pessoal com a atuação salvífica de Deus.
Por isso é compreensível que o Pietismo aparentemente oposto a fides qua e a fides quae (Francke, Zinzendorf) durante o Iluminismo buscou restringir ao mínimo a fides quae e de conduzi-la a se harmonizar com a autoridade interna madura e responsável da razão em oposição a toda confiança em qualquer autoridade