TEOLOGIA E CIÊNCIA
Como uma crítica epistemológica ao discurso constituído a partir do conhecimento religioso – Cristianismo – e do conhecimento científico – Ciência Moderna -, o texto do Professor Geraldo Mateus de Sá debate, de certa forma, a legitimização e consolidação das relações do poder em ambos os casos pré-estabelecidos na introdução, abordando os princípios imperativos desses dois saberes. O Cristianismo tinha uma presença significativamente grande na sociedade antigamente, com uma doutrina de discurso autoritário e caráter imperativo, justificando o exercício do poder em nome de Deus, como ocorria com os processos insquisitoriais, que tinham o propósito de dar legitimidade e seguridade ao estabelecimento de uma instituição de poder teológico, sem focar em epistemologias nessa época. Pregavam que todo mundo deveria se submeter às autoridades, pois todas estas eram provenientes de Deus e estabelecidas por Ele, sendo aquele que se revoltasse contra alguma autoridade considerado contra Deus, acreditava-se que as coisas aconteciam, ou não, devido à vontade dEle, gerando questionamento a muitos cidadãos que se sacrificavam por suas almas, e morriam, contraditório ao mandamento “Não matarás”. Estas autoridades formavam a classe dominante, e a sociedade não era livre, como visto pelos servos, submissos a senhores objetivando honrar a Cristo. O Cristianismo marcava o Ocidente como religião uniforme, e demonstrava seu poder nada parcial nem neutro diante do estabelecimento de relações de poder nesse âmbito histórico cultural; se conformou ao poder designado a fim de tornar-se uma religião prestigiada, buscando a dominação, sempre em nome de Deus. Hoje ainda existem exemplos de tradições que perduraram dessa época, como a paulina, uma teologia que não rompeu com o Antigo Testamento e estabelece uma relação próxima entre Igreja e poder estabelecido. Com o tempo, o discurso científico, bastante influente, também foi ganhando espaço,