Teologia e Ciencia
O encontro da teologia com a ciência acontece desde os tempos da época patrística. A questão da teologia como ciência, que já era abordado a partir de Tomás de Aquino. E o caráter cientifico da teologia está longe de ser uma questão simples, pois depende do próprio sentido de ciência, que não tem um conceito estático (evolui na história). Em nosso tempo, a teologia como ciência tem uma visão muito mais dinâmica e existencial. Tomar a teologia como ciência não é hierarquizar colocando-a no topo e descendo até as ciências inferiores. Deve ser um conhecimento sério, rigoroso e digno de ser levado a sério pelas demais ciências. Ela existe em função do mundo e do homem de nosso tempo para cuja construção a teologia precisa das ciências humanas e afinal de todas as ciências, e estas, sobretudo na visão da fé, precisa da teologia. Relacionando a Teologia com o saber racional temos que, esta matéria por dedicar-se a falar de Deus, não significa existir num mundo a parte. É sempre um saber pelo qual a igreja se coloca a serviço do mundo que a cerca, inevitavelmente ela recorrerá aos instrumentos que o mundo com o seu saber e a sua cultura coloca à disposição do teólogo para que a sua teologia se torne um serviço eficaz ao mundo.
Orígenes é um exemplo de teólogo que ao seu tempo, serviu-se da filosofia e das ciências da época para realizar seu trabalho de teólogo. Só um cristão que tem um horizonte cultural mais amplo é capaz de assumir o contato com a cultura da época e de utilizar conscientemente instrumentos conceituais necessários a um aprofundamento intelectual da fé. A teologia não pode isolar-se do mundo da cultura sem correr o risco de ser uma teologia estéril que não produz frutos para a evangelização do mundo. Em nenhum momento e por nenhuma razão ela deve deixar de lado a fé que é sempre o seu ponto de partida.
Na concepção cientificista, a ciência significa a solução de todos os problemas do homem e do mundo. A partir dessa concepção,