Teologia resumo
1. O homem, a partir do trabalho, participa na obra do Criador. Jesus encara com amor o trabalho e em suas parábolas refere-se a diversos tipos da atividade humana, das atividades exercidas pelas mulheres e também ao trabalho dos estudiosos. O Apóstolo São Paulo se dedicava à confecção de tendas (cf. At 18, 3) e formulou o princípio categórico: “Se alguém não quer trabalhar, abstenha-se também de comer” (2Ts 3, 10). O Novo Testamento fundamenta que do trabalho, na sua expressão material e concreta, é ulteriormente destinado a promover a grandeza interior ou espiritual do ser humano, pois ainda mais vale ser do que ter, como é lembrado no Concílio do Vaticano II. “O homem vale mais por aquilo que é do que por aquilo que tem. Do mesmo modo, tudo o que o homem faz para conseguir mais justiça, uma fraternidade mais difundida e uma ordem mais humana nas relações sociais, excede em valor os progressos técnicos. Com efeito, tais progressos podem proporcionar a base material para a promoção humana mas, por si sós, de modo nenhum são capazes de a realizar” (Const. Gaudium et Spes nº 35; Laborem Exercens nº 26). 2. O trabalho, seja manual, seja intelectual, acarreta inevitavelmente a fadiga. O Senhor realizou a salvação da humanidade mediante o sofrimento e a morte, seguido pela ressurreição. Ou seja, suportando o que há de penoso no trabalho em união com Cristo crucificado, o homem colabora com o Filho de Deus na redenção da humanidade. O Concílio do Vaticano II pôs em relevo este significado ambíguo (cruz-ressurreição) do trabalho humano: “É certo que nos é lembrado que nada aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se se perde mesmo. A expectativa da nova terra, porém, não deve enfraquecer, mas antes estimular a solicitude por cultivar esta terra, onde cresce aquele corpo da nova família humana, que já consegue apresentar uma certa prefiguração em que se vislumbra o mundo novo. Por conseguinte, embora se deva