Teologia Contemporânea – Barth
Por Jonas Faria
Para o teólogo Suíço neo-ortodoxo, Karl Barth (1886- 1968), a Teologia Evangélica se encontra entre as muitas e variadas teologias existentes, que estão repletas de deuses. Porém, conforme Barth, diferente de todas as outras, a teologia evangélica não se autoglorifica, mas busca sempre a glorificação do único Deus verdadeiro. Barth define esta teologia não como confessionalista, mas ela é assim
designada “porque
compreende o Deus que se manifesta no evangelho, e que de sua parte se acha voltado em misericórdia para a existência de todos os homens”.1
O assunto da teologia evangélica conforme Barth “é Deus – Deus, na história de suas ações. Nela é que ele se manifesta a si mesmo”2 . Para o teólogo de Basiléia esta teologia deixaria de ser evangélica se deixasse de ver, compreender, manifestar um Deus estático, sem dinamismo. A teologia evangélica vislumbra Deus no seu agir pela palavra
“Assim como o pássaro deve ser observado no vôo, não, enquanto sentado na vara” 3, o
Deus da teologia evangélica é dinâmico, vivo, ele não precisa ser “o totalmente diferente”, desvinculado de si mesmo. Ele não é um Deus solitário, visto que se relaciona e se revela ao homem. Ele é livre e tem prazer em amar, pois mesmo estando acima do homem, também está ao seu lado, como um amigo, irmão e pai. Nas palvras do profeta compreendemos melhor o seu agir: “Habito no alto e santo lugar, mas habito também com o abatido e contrito de espírito” (Is 57.15).
A teologia tem a fé como seu pressuposto básico. No entanto a Teologia não é
“pisteologia” e, também não arranca da experiência de fé da comunidade. Ela é a reflexão da Palavra de Deus. A fé da comunidade se mede e se funda na Revelação. Neste sentido observamos que a Palavra de Deus tem a primazia sobre a experiência que sempre deve estar fundamentada na Revelação.
A definição etimológica da palavra teologia, theós-Deus, Logia, lógica, Palavra.
Barth define