tenorio - a unidade dos contrarios
0034-7612
A unidade dos contrários: fordismo e pós-fordismo*
Fernando G. Tenório**
S u m á r i o : 1. Introdução; 2. Taylorismo-fordismo; 3. Pós-fordismo; 4. Conclusão.
S u m m a ry : 1. Introduction; 2. Taylorism-Fordism; 3. Post-Fordism; 4. Conclusion.
P a l av r a s - c h av e : fordismo; pós-fordismo.
Key
words:
Fordism; Post-Fordism.
Alguém que “nessa altura do campeonato”, início de século XXI, escreve sobre taylorismo, fordismo e quejandos ou tem nostalgia do passado ou não tem atualizado seus conhecimentos. Melhor, é um antiquado, um matusalênico que pensa que o sistema ainda é de base mecânica quando a eficiência era contabilizada através do cronômetro, de movimentos previamente estabelecidos sobre um processo que corria por meio de roldanas e outros mecânicos meios. No entanto, não é esta impressão que propomos no presente artigo. Aqui o que objetivamos é resgatar conceitos que o modismo da contemporaneidade flexível não permite que sejam percebidos, escondendo indicadores da permanência de um fazer fordista travestido, muitas vezes, de moderno, atual. A tese proposta é que o pós-fordismo contém o fordismo. Ou seja, o fordismo não é substituído pelo pós-fordismo, visto que este último contém, de acordo com a unidade dos contrários, lei da dialética, elementos fordistas, substâncias que serão representadas por meio de um continuum. Assim, a aparente situação antitética não ocorre uma vez que o pós-fordismo compreende seu oposto, o fordismo.
The unity of oposites: Fordism and Post-Fordism
Someone who, “at this stage of the game,” in the early twenty-first century, is writing about Taylorism, Fordism and the like is either nostalgic of the past or has not been updating his knowledge. Better still, he is an old-fashioned, methuselah-ish type who thinks the system is still mechanically based, as in the days when efficiency was measured with a stopwatch, its motion previously set on a process that ran through
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