Tendências e perspectivas do trabalho gerencial: afinal o que é ser ou estar gerente?
Os autores apresentam um questionamento que parece ainda está longe de ser aceito por consenso, trata-se do trabalho gerencial e o que realmente significa ser ou estar gerente. Kotter (1992) afirma que a liderança sempre foi e será um fator importante nos assuntos humanos.
Para (Kotter, 1990) a diferença reside no fato de que gerenciar é lidar com a complexidade e tem como fim a introdução de certa ordem para obtenção de qualidade e lucratividade, por intermédio da determinação de objetivos e metas para o futuro e do desenvolvimento da capacidade de concretizar planos, enquanto que a liderança consiste em lidar com a mudança, com a volatilidade do mundo competitivo, e nesse sentido enfoca a rapidez na evolução tecnológica, a competição internacional, que cada vez mais é acirrada, na desregulamentação do mercado e na instabilidade do cartel do petróleo.
Nesse sentido, estabelece uma direção, criando uma visão de futuro e as estratégias para produzir as mudanças necessárias e todo esse esforço exige um aprimoramento do processo de comunicação para poder alinhar as pessoas. “Enquanto o gerenciamento controla as pessoas empurrando-as na direção certa; a liderança motiva-as através da satisfação de necessidades humanas básicas.” (KOTTER, 1990)
Kotter (1990), define os comportamentos próprios do gerente geral: a visão do que deve ser uma visão que leva em consideração os legítimos interesses de todos os envolvidos; a estratégia para realizar essa visão, uma estratégia que reconhece todas as forças ambientais e todos os fatores organizacionais de ampla relevância; a rede de recursos cooperativa, uma coalizão poderosa o suficiente para implementar essa estratégia; um grupo altamente motivado de pessoas-chaves naquela rede, um grupo empenhado em transformar a visão em realidade.
Um pensamento apresentado pelos autores é que há necessidade de se desenvolver gerentes-líderes