TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS
A prática educacional é permeada de condicionantes de ordem sociopolítica que implicam variadas concepções de indivíduos, de sociedade e consequentemente, diferentes pressupostos. As tendências pedagógicas foram muito influenciadas pelo momento cultural e político da sociedade, pois foram levados á adiante graças aos movimentos sociais e filosóficos, assim se formou a pratica pedagógica do país.
Segundo Saviani, as bases filosóficas presentes na educação brasileira no período de 1554 até 1971, identificou as tendências pedagógicas, definidas como determinações gerais de uma teoria e correntes ou abordagens pedagógicas. O autor distingui duas concepções de educação: Humanista tradicional e humanista moderna. Sendo a primeira caracterizada pela educação jesuítica representando o movimento de expansão colonialista português aliado a ideologia católica da contra reforma. Neste contexto os jesuítas monopolizavam a educação através da ação religiosa num processo de aculturação, uma vez que havia a imposição da cultura dominante portuguesa sobre os indígenas. A catequese, colonização e escolarização faziam parte do mesmo projeto influenciado pela contra-reforma, na qual ciências e educação pública não eram prioridade.
O processo educacional jesuítico devia significar plena aceitação da cultura portuguesa, o acesso a educação determinava a estrutura social. Sendo assim os colégios logo foram destinados aos filhos dos colonizadores evidenciando a dicotomia que marca a educação brasileira até a atualidade, ensino diferentes para cada classe social; profissionalizantes para classe operária e faculdades para elite.
Neste contexto surge o humanismo moderno, que ocorreu com a reforma do Marquês de Pombal no qual deu inicio ao ensino público no Brasil. Entretanto, a criação das aulas régias ministradas no Brasil, na maioria das vezes, lecionadas pelos ex-alunos dos colégios jesuítas não chegavam a colônia.
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