Tendência de consumo
A moda da síntese
Diariamente, somos expostos a uma infinidade de mensagens provenientes de diversos meios. Com isso, nossa visão se tornou conformada a caminhos rotineiros, passando a absorver apenas as informações a que estamos acostumados.
Acontece que prestar atenção na publicidade nunca foi algo à que se acostume, nem mesmo aos publicitários. O universo das pessoas está exposto a nichos de conteúdo, experiências, e até relacionamentos mais estreitos, ignorando o que não lhes é conveniente.
Não saímos por aí prestando atenção em qualquer pessoa, a não ser que ela nos interesse visualmente. Antes mesmo de ouvir a voz de alguém, a sua roupa, seu estilo, seu visual está dizendo um monte de coisas a seu respeito.
Na publicidade, assim como na moda, é preciso introduzir a mensagem com mais velocidade de compreensão, e é aí que entra o visual, a mensagem semiótica.
Não é ordem geral, é preciso analisar caso a caso, marca a marca, mas a síntese da informação se faz mais necessário que nunca em uma sociedade rodeada por informação.
Códigos da moda ajudam a perceber melhor o outro /
ANTONIO ARRUDA – Folha de S. Paulo (29/08/2002)
O que você está querendo dizer com essa calça, com essa blusa ou com esse sapato que está usando? Seja o que estiver vestindo, você está comunicando algo e, se não sabe o que é, vale a pena tentar identificar. Afinal as roupas e toda a respectiva produção, além de cumprir seu papel primordial - cobrir a nudez e proteger o corpo-, são códigos que, como as palavras, evidenciam sentimentos, sensações e atitudes. "O vestuário fala. Fala o fato de eu me apresentar no escritório de manhã com uma gravata normal de riscas, fala o fato de a substituir inesperadamente por uma gravata psicodélica, fala o fato de ir à reunião do conselho de administração sem gravata", escreveu Umberto Eco em seu ensaio "O Hábito Fala pelo Monge".
O conceito do vestuário como ferramenta de comunicação não é claro para todo