Tendencias da engenharia de produção no seculo XXI
1.1 Robótica uma Tendência
A robótica é uma área de pesquisa interdisciplinar, por natureza. Pode-se afirmar, grosso modo, que ela emprega ferramentas, metodologias e tecnologias inerentes a grandes áreas como a engenharia mecânica, engenharia mecatrônica (com história também recente e poucos cursos no Brasil), engenharia elétrica e eletrônica e engenharia de computação. A robótica utiliza-se de conceitos teóricos de grandes áreas como matemática, física, química, biologia, até educação, e busca também muita inspiração em áreas mais centradas no entendimento do cérebro e do corpo humano como neurologia, fisiologia e psicologia. Assim, poderia-se concluir facilmente que um bom roboticista necessitaria realizar, como base de seus estudos, graduação em uma gama ou em quase todas as áreas acima. Felizmente, cada pesquisador trabalha em uma especialidade. É comum em um laboratório de robótica experimental encontrar-se partes de um robô espalhadas, como se fossem partes de um corpo humano sendo estudadas separadamente, e que, no conjunto, formariam o robô como um todo. Ainda, laboratórios diferentes atacam partes diferentes, como movimentos, inteligência, visão, etc.
Mas, seria interessante, antes de tudo, entender o conceito do que seja um robô e a própria robótica, para a comunidade de cientistas da especialidade (usamos o jargão carinhoso de roboticistas para designá-los), para depois traçarmos o rumo desta área no Brasil. Há várias definições contrastantes, desde os primórdios em que Asimov usou a palavra tcheca robota, que significa trabalhador forçado (ou aquele que trabalha sem receber remuneração), para designar os seus personagens de ficção, seres mecânicos, até conceitos mais coerentes encontrados atualmente, por exemplo, na página da Wikipedia: “Em uso prático, um robô é um dispositivo autônomo ou semi-autônomo que executa suas tarefas controladas diretamente por seres humanos, ou ainda parcialmente controladas, sob a supervisão