Tempos Modernos
“Uma estória sobre a indústria, a iniciativa individual e a cruzada da humanidade em busca da felicidade.” Essa frase é ironicamente sobreposta por ovelhas representando os trabalhadores. Cegamente caminhando para a fábrica, “o matadouro”. Questionando a felicidade perseguida e o individuo citado.
Com The Tramp ( O vagabundo), Chaplin mostra a personagem vivendo em meio ao desemprego, greves, e toda a crise que assolava os anos 30 e 40.
A fábrica é o cenário inicial onde o protagonista desempenha funções em uma linha de produção. A forma de trabalho e a busca constante da empresa pelo aumento da produtividade são claramente uma critica ao taylorismo.
A máquina de alimentação ilustra essa busca pela eficiência máxima. O equipamento proposto visava alimentar o trabalhador de forma rápida e automatizada. Com um intervalo menor para alimentação o funcionário poderia voltar mais rapidamente ao seu posto.
O relacionamento atribulado entre os funcionários está diretamente ligado ao ambiente criado. Stress e fadiga da atividade exercida, a impessoalidade dos superiores e a pressão psicológica vinda dos encarregados acabam levando o personagem a uma crise nervosa que o impossibilita de trabalhar na fabrica.
Paralelo ao drama do vagabundo nos é apresentada Ellen Peterson, a paixão do protagonista. Com Peterson nós conhecemos diretamente a pobreza, fome e greves. Com um pai desempregado, a menina rouba comida para alimentar a família.
Durante o filme, Chaplin menciona o roubo e até a preferencia pela prisão como saída à crise para os mais necessitados.
As greves são outro tema constante. Em sua primeira viagem a prisão, The Tramp é confundido com um líder de manifestantes comunistas e é preso.
Apesar da greve ser em principio motivada pela conquista dos direitos dos trabalhadores, em certo ponto do filme o protagonista perde o emprego por haver mais uma paralisação.
Durante sua trajetória o vagabundo trabalha em diversos locais. Um ponto