Tempos modernos
DIREÇÃO: Charles Chaplin.
ELENCO: Charles Chaplin, Paulette Goddard, 87 min. preto e branco, Continental.
SINOPSE
Um operário estreado por Charles Chaplin de uma linha de montagem é levado à loucura pela "monotonia frenética" do seu trabalho. Essa rotina lhe causa diversos problemas inclusive de saúde. Após um longo período em um sanatório ele fica curado de sua crise nervosa porém, desempregado. Enfim ele deixa o hospital para começar sua nova vida, mas encontra uma crise generalizada e equivocadamente é preso como um agitador comunista protestante. Simultaneamente uma jovem comete pequenos furtos para salvar suas irmãs famintas, que ainda são bem garotas. Ela não tem mãe e o pai está desempregado por causa da introdução das máquinas nas indústrias, mas o pior ainda está por vir, pois ele é morto em um conflito. A lei vai cuidar das órfãs e enquanto os menores são levados a jovem consegue escapar. Esse filme nos retrata a realidade da revolução industrial.
ANÁLISE CRÍTICA
TEMPOS MODERNOS – PRODUZINDO DESIGUALDADE SOCIAL
O filme é sem duvidas, uma das mais expressivas criticas que o cinema mundial já foi capaz de produzir. Apesar de ser produzido no ano de 1936, o filme poderia ter seu roteiro facilmente incluído nos dias atuais, visto que vivemos ante uma sociedade industrial capitalista. Se produzido atualmente, o filme ganharia contextos mais “políticos”, mas certamente nada passaria despercebido ao “mestre” Charles Chaplin. Em pouco mais de 80 minutos, ele consegue sintetizar de maneira irônica, a opressão da classe trabalhadora na época da revolução industrial que teve início em 1760 a algum momento entre 1820 e 1840. O filme é a síntese perfeita da visão que temos sobre o Capitalismo.
O esforço humano retratado nos compara a um relógio, com movimentos contínuos, repetidos e cronometrados. Aliás, um grande relógio, como fundo de tela durante a exibição do casting retrata bem o