Tempos modernos e o taylorismo - fordismo nas fábricas do século xx
O Contexto de “Tempos Modernos”
“Tempos Modernos” (CHAPLIN, 1936) satiriza a industrialização e coloca Carlitos, personagem de Charles Chaplin, como o operário de uma fábrica na primeira metade do século XX. Ele critica de forma inteligente as técnicas utilizadas nas fábricas, mostrando os malefícios do processo de mecanização de tarefas que antes eram centralizadas nas mãos de artesãos e passam a ser desenvolvidas por máquinas, isto é, a suplantação da tradicional mão-de-obra artesanal, muito comum antes da revolução industrial se expandir no século XIX. Em sua genialidade Chaplin demonstra, entre outras coisas, as péssimas condições de trabalho e suas consequências sofridas pelos assalariados, devido ao sistema Taylorista-Fordista, nos primeiros anos após a Grande Depressão americana de 1929. Além disso, Chaplin expõe o controle burguês sobre o operário e o seu desajuste com a rápida evolução burguesa dominada pelo Taylorismo-Fordismo e sua ultra-especialização, que resultava na ignorância total do trabalhador em relação ao que ele mesmo produzia e o produto final daquilo. É importante ressaltar, também, que a idéia central do filme não é somente as divergências trabalhistas em si, mas também a busca frenética do ser humano capitalista pela felicidade. A frase do início da película ressalta essa última idéia: “Uma história sobre a indústria, a iniciativa privada e a cruzada da humanidade em busca da felicidade” (CHAPLIN, 1936)
O Sistema Taylorista-Fordista
No período Feudal, o espaço de trabalho era coletivo, onde o artesão participava de todo o processo de confecção da produção. O aprendizado ocorria nas oficinas onde o mestre ensinava ao aprendiz o ofício. Com o passar do tempo este sistema sofre modificações. Em sua necessidade de agilizar os diversos processos que o cercam e facilitar sua vida, o Homem Moderno inventou a máquina. Com ela, surgiram as grandes fábricas e seu constante aumento no