Tempos Modernos e a Sociedade Capitalista
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS
ESCOLA DE SERVIÇO SOCIAL
Tempos Modernos
E a sociedade capitalista
Fernanda Mattos Ribeiro Conde
Irene Pessoa de Andrade
Novembro de 2014
No filme Tempos Modernos de Charles Chaplin, logo no início, a cena das ovelhas em analogia aos trabalhadores e sua jornada de trabalho, representa a crítica principal do mesmo, que é a maneira como o indivíduo está condicionado ao sistema capitalista, e o fato da sociedade moderna estar representada pelo constante processo do modo de produção industrial. A cena faz referência à contraposição existente entre o homem, que é dotado de capacidade teleológica, e o animal, que somente faz uso da repetição dos atos cotidianos, sendo postos como iguais.
A hierarquia e o não reconhecimento de classe em si, para classe para si, sustenta o despotismo fabril existente, que tem como objetivo a maior obtenção de lucro, através do controle de todas as etapas da produção, tendo como consequência a massificação dos operários, a crescente exploração dos mesmos e a precarização no modo de trabalho. Isso fica claro na medida em que no filme os operários são comandados por subchefes, que por consequência obedecem aos seus chefes, e assim sucessivamente até chegar ao detentor do capital, que tudo controla por câmeras.
Como Marx e Engels retratam em O Manifesto Comunista:
“A indústria moderna transformou a pequena oficina do antigo mestre da corporação patriarcal na grande fábrica do industrial capitalista. Massas de operários, amontoados na fábrica, são organizadas militarmente. Como soldados da indústria, estão sob a vigilância de uma hierarquia completa de oficiais e suboficiais. Não são somente escravos da classe burguesa, do Estado burguês, mas também diariamente, a cada hora, escravos da máquina, do contramestre, sobretudo, do dono da fábrica. E esse despotismo é tanto mais mesquinho, odioso e exasperador quanto maior é a franqueza com que