Tempos modernos e serviço social
O filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin satiriza a vida industrial na década de 30, de forma engraçada, mas triste, ou seja, retrata a vida industrial por meio do personagem Carlitos (Chaplin), o adorável vagabundo operário de uma fábrica supermoderna, porém o mesmo entra em crise, perde o emprego e é obrigado a partir para a briga contra um mal da vida moderna: o desemprego.
A sátira à industrialização retrata ainda o símbolo maior dos “Tempos Modernos”, onde o filme inicia mostrando ao fundo um relógio enorme, que no contexto simboliza “Tempo é dinheiro”.
No decorrer do filme, Chaplin crítica profundamente a Sociedade Industrial, onde o mesmo retrata o ritmo alucinante, a falta de qualidade de vida e seus propósitos irracionais. Evidência ainda que, o ser humano não pode ser associado como uma máquina.
Tendo em vista que, não se pode programar a velocidade em uma máquina, e achar que o ser humano tem por obrigação de acompanha-la em seu ritmo acelerado.
Enfatiza com detalhes, a questão da “Linha de Montagem e suas sequelas desastrosas na psique humana”, pois o esforço humano em trabalhar como um relógio, dentro de um sistema de repetição mecânica, contínua e cronometrada, acaba por levar a pessoa a ficar com sérios problemas neurológicos e psicológicos. Enquanto que, os mais fortes acabam sobrevivendo como se fossem máquinas, em um cotidiano sem esperança, criatividade ou alegria, onde a única atividade é a repetição de um par de gestos mecânicos simples.
Com isso, a implantação da Linha de Montagem e a busca sistemática do seu aperfeiçoamento, com intuito único a PRODUÇÃO, acarretaram problemas ocupacionais à saúde de muitos trabalhadores. Consequentemente, esses trabalhadores eram levados para Instituições- Depósito, como é o caso dos hospitais, asilos, manicômios e até penitenciárias, dependendo de cada caso e da resposta de desajustamento social dada pelo trabalhador vítima do