Tempo
Este trabalho tem por objetivo descrever as transformações ocorridas no imaginário do homem em relação à medição do tempo. E também como o processo de industrialização contribuiu efetivamente para que tais mudanças ocorressem. A preocupação com a contabilização do tempo foi algo interiorizado na sociedade europeia na medida em que essa foi se industrializando. Para essa descrição utilizaremos o texto de Edward Thompson, no qual temos um profundo estudo sobre esse tema.
Crescente utilização de relógios como marca da industrialização.
A preocupação com a marcação do tempo e converte-lo em moeda ocorre gradativamente, paralelo ao avanço da industrialização. Da necessidade de regular o tempo para o trabalho, os investimentos em fabricação de relógios foi se tornando cada vez mais importante. Com a evolução, os relógios passam a ficar mais elaborados, e sua exatidão foi se aprimorando. Das habilidosas mãos dos ferreiros nascera esta engenhosa máquina marcadora de tempo, feitos em oficinas e lançados ao mercado, mas tal artefato não era produzido para todos, pois, com a implantação dos metais preciosos, a classe trabalhadora não poderia ter um e este apetrecho passou a ser sinal de status, e não demorou a que os olhos da taxação de impostos viessem na utilização desse bem como forma de angariar fundos. Assim seu uso era restrito as elites, as pessoas que tinham a possibilidade de arcar com os custos. As pessoas de classe mais baixa possuíam os mais baratos, e, portanto menos precisos.
Com o uso do relógio o dono do capital consegue disciplinar o horário de trabalho de seus empregados evitando, portanto desperdícios. Diferentemente do trabalhador rural, que não estava acostumado com esse rigor. Pois trabalha conforme necessidade de desempenhar as tarefas. Era a natureza que forçava o trabalhador a em algum instante priorizar uma atividade em detrimento de outra. Ele trabalhava conforme a