Tempo e liturgia
Curso: Bacharelado em Teologia
1º Fichamento - Liturgia II
Aluno: Luiz de Souza
TEMPO E LITURGIA
Até quem não professa fé percebe que o fluir da própria existência se acha ritmado por dias de trabalho e por dias “festivos”. A maioria das festividades e comemorações tem matiz religiosa, como o ritmo hebdomadário do dia do repouso, ou a repetição anual das festas.
AS DIVERSAS CONCEPÇÕES DE TEMPO
O tempo litúrgico não é noção, é vida; dar espaço vital ao Espírito de Cristo presente na vida quotidiana do cristão. É por isso que o compreendemos melhor vivendo-o do que nele ou dele falando. O tempo litúrgico é o “tempo de Deus”; ele o é porém, em Cristo Jesus, o Senhor, é a estrutura e a orientação interior da própria história.
- Interpretações profanas: São interpretações profanas o retorno ao mítico do tempo; ilusões de um nirvana etéreo e que sublima as forças do homem.
- Interpretações sagradas: Como única é a revelação por excelência e único é o Deus tri-pessoal, assim é a autêntica interpretação do tempo. É algo que vai se desenrolando desde o “No princípio era o verbo...” (Jo 1,1) até o “No princípio Deus criou” (Gn 1,1) e ainda até a plenitude do tempo (Gl 4,4). O tempo verdadeiro provém da sucessão e da dependência recíproca de tempos e de eventos “de salvação” (kairói). Um novo evento não apaga nem anula o anterior, mas contribui para que ele se complete, até chegar ao momento do kairós por excelência: Jesus histórico, Cristo meta-histórico. A evolução e a diversificação das conotações de tempo sagrado estão em estreita relação com as grandes reflexões teológicas sobre o “mistério da Salvação”. Afirmar a existência de uma história salvífica eqüivale a asseverar que a salvação se realiza mediante atos humanos livres e contingentes, com os quais o homem constrói sua história, que é história da salvação por iniciativa e por auxílio de Deus. A história não obedece à lei de um “retorno cíclico” do “tempo