Tempo hist rico
1- Tempo e consciência:
A consciência tem papel essencial na constituição do tempo, pois, como nos mostra o autor, que baseando-se em Santo Agostinho, nos diz: Não existe tempo sem a consciência humana. Se não houvesse consciência, o tempo, que por sua vez é uma medida, também não existiria.
O motivo dessa essencialidade é que a consciência funciona para o tempo como um medidor do movimento, e é à ela que se deve a culminação formal, ela considera as partes desse movimento, medindo sua sucessão, alcançando para o tempo sua realidade plena.
Porém a consciência só pode realizar essa medida se ela for externa ao fluxo do tempo, não deixando-se arrastar completamente por ele, para que por meio dela o sujeito abstraia, externamente, os elementos da sucessão, opere sua síntese, numerando-a, organizando, e assim dando ao tempo sua realidade, estabilidade.
Conclui-se então eu a consciência faz o tempo existir, na medida que extrai, organiza, da sentido e lugar dentro da sucessão as partes deste fluxo, a partir da síntese exercida pelo sujeito, onde ele afirma sua identidade enquanto a vida passa.
A consciência dá ao tempo sentido, organização, media, tirando-o da simples aglomeração de acontecimentos, que ficariam em si mesmo e mais nada.
2-O Tempo real desde o presente.
O tempo é diferente da história, não está no alcance dos homens a história sim, pois é ele mesmo o autor da história. A história é aquilo que acontece no tempo, ou seja, o tempo não está ligado a história, mas sim a história ao tempo. O tempo real é aquilo que acontece no presente, o passado, que já foi um tempo real, serviu única e exclusivamente para formular o tempo presente. O tempo presente, por sua vez, diante presença de possibilidade fez das informações erradas do passado pontes seguras para formular o futuro. O passado, que foi presente, contribuiu para o surgimento de um futuro que virá a ser o presente. O autor afirma a existência apenas do tempo presente,