Tempo da Ciência
Nos séculos passados, tivemos o tempo da Metafísica, o tempo da Teologia, o tempo da exaltação da Razão Iluminista; hoje, continuando o século XX, entramos no tempo da Ciência, aparentemente, toda poderosa, sendo que os progressos estimulam esse sentimento.
Recentemente, a ciência avançou muito na biologia humana pelo estudo do DNA e do nosso Genoma. Os avanços são tais que espantam os próprios pesquisadores, e tornam-se cada vez mais frequentes as perguntas sobre a necessidade de uma orientação, de um controle social, ético e jurídico nessa área tão delicada quanto complexa e misteriosa.
Neste início de século, os cientistas conseguem injetar, em animais, genes, tecidos e células humanas. A finalidade dessa pesquisa é, como sempre, detectar doenças e possíveis caminhos de curá-las, isto é, a prioridade dos cientistas é o bem-estar do ser humano.
CIÊNCIA E TÉCNICA
A história moderna foi definitivamente marcada por algumas revoluções científicas. A primeira, a mais estrondosa, aconteceu no século XVII, com a ruptura do paradigma cosmológico: a terra deixava de ser o centro do universo como sempre acreditaram filósofos, teólogos, livros sagrados, mitos e o senso comum. Essa descoberta irretorquível da ciência encerrou concepções filosóficas do mundo, intocáveis desde Platão, Aristóteles e Ptolomeu, desmontou doutrinas teológicas e mudou até o modo de ler e entender a Bíblia: “esta não ensina como giram os céus, mas como se vai para o céu”, sentenciava Galileu. Essa foi a grande revolução do mundo físico, com enormes reflexos nas outras formas de saber.
A segunda revolução científica está em curso: a revolução biológica, que, nos últimos 40 ou 50 anos, revelou leis da vida e explicou fenômenos que antes atribuíamos a forças divinas. Para a ética, as modificações da vida sempre estão em evidência. Começou com a modificação da estrutura genética de vegetais, em seguida a dos animais e, mais recentemente, a dos seres humanos: já