Temperaturas em Inglês
Quem é louco?
Esta é a grande questão proposta neste livro. Conto extenso, quase uma novela, O alienista é uma obra-prima da nossa literatura. Nessa narrativa, publicada pela primeira vez em 1882, Machado de Assis (1839-1908), o autor de Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas, entre outros, conta a história do eminente doutor Simão Bacamarte.
Dedicado estudioso da mente humana, o médico decide construir a “Casa verde” – um hospício para tratar os doentes mentais na pequena cidade de Itaguaí. Com um estilo realista e fantástico a um só tempo, Machado conduz uma história surpreendente e mostra ao leitor que tudo é relativo e que a normalidade nem sempre é aquilo que a ciência e os fatos atestam de forma absoluta.
Em O alienista, está presente todo o gênio, toda a ironia e o magistral estilo do maior nome da prosa brasileira.
O Alienista, primeira novela de Machado de Assis maduro. Eis um texto que está entre conto e novela, graças à sua extensão. Vale já pelo sabor de seu humor e ironia. Mas há que se ver na obra elementos típicos da produção realista de Machado de Assis, principalmente a análise psicológica e a crítica social.
A primeira edição em livro da obra é de 1882, quando aparece incorporado ao volume Papéis Avulsos. Anteriormente havia sido publicado em A Estação (Rio de Janeiro), de 15 de outubro de 1881 a 15 de março de 1882. É dessa época também Memórias Póstumas de Brás Cubas que se tornaria um verdadeiro ponto de irradiação da obra da segunda fase de Machado de Assis. O Alienista é, sem dúvida, apresenta bastantes pontos de contato com esse romance monumental.
Para muitos críticos, O Alienista se classifica como uma novela; sem dúvida, levados pelo número de páginas que em algumas edições, chega a mais de oitenta. Outros, conduzidos pela análise íntima da narrativa, classificam-na entre os contos machadianos, no que estão certos.
Já foi dito que o mergulho machadiano na mente de