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Assunto: Esta é a hora de calar, afirma ex-diretor da Petrobrás à CPI
Responsáveis: Bernardo Caram, Daiene Cardoso, Daniel Carvalho, Raquel Brandão e Lilian Venturini
Disponível em: http://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/lava-jato-esta-e-a-hora-de-calar-afirma-ex-diretor-da-petrobras-a-cpi/ar-BBirj84?li=AA9Hnv9
Acesso em: 19/03/2015
O ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque decidiu ficar em silêncio diante dos deputados da CPI da Petrobrás, na sessão desta quinta-feira, 19. Preso na décima fase da Operação Lava Jato, Duque teve o depoimento autorizado pela Justiça Federal, mas o ex-diretor afirmou que se valeria do direito constitucional de não falar. A sessão ainda está em andamento. "Existe uma hora de falar e outra de calar. A meu ver, essa é a hora de calar", afirmou Duque. O ex-diretor está preso na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR) e chegou a Brasília nesta manhã. Duque disse que todas as dúvidas serão esclarecidas em momento oportuno. "Estou sendo acusado, me encontro preso, por esse motivo estou exercendo o meu direito constitucional ao silêncio", completou.
Apesar da afirmativa, os deputados pediram para fazerem as perguntas a Duque. "Permanecerei calado", respondeu o ex-diretor aos primeiros questionamentos.
Duque está preso desde a semana passada, condição que impediria sua ida à comissão. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no entanto, decidiu suspender ato da Mesa Diretora que barrava a ida de presos à Casa para garantir a presença do ex-diretor.
Para os investigadores da Lava Jato, Duque é o elo do PT com o esquema de desvios na petroleira. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), teriam sido captados na gestão de Duque cerca de R$ 650 milhões em propinas sobre contratos fechados de 2004 a 2012 com as seis empreiteiras que teriam integrado cartel para assumir negócios bilionários na estatal. Ele nega ter envolvimento com esquema.
Duque chegou a ser preso em novembro do ano