Tem Gente Que Anda Com Um Enorme Bacalhau Nas Costas
A autora não pretende em nenhum momento, como a leitura revela, ser a “dona da verdade”, usar de didatismo em receitas fáceis e desgastadas dos livros de autoajuda. Também não quer as complicações acadêmicas. As histórias e impressões vão sendo aos poucos tiradas do cotidiano, da memória, das entrevistas acumuladas em sua carreira com pessoas importantes e dos bate-papos com anônimos.
Leila Ferreira tem uma capacidade singular de observação – de recolher as melhores histórias e de fazer entrevistas com o tom saboroso da conversa informal. Mas, nem por isso o livro perde na potência da pesquisa jornalística, nos dados interessantes obtidos em pesquisas recentes da psicologia, da sociologia, da medicina.
Dessa maneira, costurando informações científicas, divagando, conversando, a autora propõe uma pequena revolução: num mundo abarrotado de e-mails e telefones celulares, de pouca cortesia e muitas dietas, cheio de ambição e consumismo transformar os gestos do cotidiano, aqueles que nos prendem e sobrecarregam sem sequer nos dar a chance de percebê-los.
Leila Ferreira viajou o Brasil e o mundo, entrevistando desde pessoas simples e desconhecidas, até filósofos, atores, e estudiosos desta tal felicidade. Dividido em oito partes, A arte de ser leve aborda pontos cruciais da vida em sociedade que estão sendo atropelados (por caminhões?) pela rotina insana do dia a dia nas grandes cidades.
Gentileza,