Tecnoogia
Com o recente anúncio que a Toyota passou a ser a maior montadora do mundo no primeiro trimeste de 2007 destronando a concorrente americana GM, que por 73 anos ocupava o posto, antecipando até as previsões dos analistas do assunto, fica mais importante a compreensão do Sistema Toyota de
Produção (STP), a arma usada para alcançar o topo.
Mas também, se tem notícias de que várias empresas, mesmo as japonesas, que tentam aplicar as técnicas como JIT, kanban, SMED, TPM, etc., não têm conseguido os resultados esperados. Dessa forma, torna-se necessário a abordagem sistêmica para que se possa compreender, adaptar e recriar o sistema de acordo com a realidade de cada empresa.
LIKER (2004) obteve a resposta de Fujio Cho, então presidente da Toyota Motor Company, que aprendeu o Modelo Toyota com um dos seus criadores, Taiichi Ohno para o notável sucesso da Toyota:
“ A chave para o modelo Toyota e o que a faz sobressair ser não é nenhum dos elementos individuais… Mas o importante é ter todos os elementos de unidos como um sistema. Eles devem ser postos em prática como todos os dias de uma maneira muito sistemática não isoladamente."
WOMACK e JONES (1998) definem a produção enxuta como um processo de cinco passos: definir o valor do cliente, definir o fluxo de valor, fazê-lo "Fluir", a "Puxar" a partir do cliente e lutar pela excelência. 1.1 Os tipos de perdas
Segundo SHINGO (1996) o Sistema Toyota de Produção (STP) “é um sistema que visa a eliminação tota de perdas”. Por muito tempo o STP foi confundido com o sistema Kanban que é um meiopara se chegar ao just-in-time (JIT) um dos pilares do STP.
A Toyota identificou sete grandes tipos de perdas sem agregação de valor em processos administrativos ou de produção. Há um oitavo tipo de perda, incluído por LIKER (2004):
Superprodução. Produção de itens para os quais não há demanda, o que gera perda com excesso de pessoal e de estoque e com custos de transporte devido ao estoque excessivo.