Tecnologo
Os programas de gestão da qualidade estão hoje difundidos pela maior parte dos países no mundo. A literatura traz quase sempre referência à questão da qualidade como se fosse originária deste século, embora a mesma tenha suas origens em tempos longínquos. Segundo Brocka [1994, p.70], o gerenciamento da qualidade pode retornar a 2.500 anos, pois encontra-se em questões sobre a natureza humana, forma de gerenciar, formas simples e ferramentas apropriadas. Contudo, pode-se dizer que o marco de sua estruturação e difusão industrial iniciou-se na década de 50, especialmente no Japão.
A conscientização da alta administração de uma empresa mostra-se como um dos passos principais para a implementação de um sistema de gestão, pela necessidade de respaldo político e financeiro (apoio às atividades futuras). Então, pode-se dizer que nenhum sistema da qualidade total obteria resultado com eficácia se não houvesse uma visão estratégica do problema da qualidade. Nesse sentido, Glitow [1995] diz que ‘só há dois meios’ da alta administração alterar os rumos de sua empresa: mudar por causa de uma crise, como forma de superá-la (reativas), ou gerar uma crise na empresa para provocar mudança por meio de uma visão nova (proativas).
Assim, a qualidade é um vetor de mudança e essas mudanças têm sido chamadas de revolução da qualidade ou revolução gerencial. Apesar de inicialmente a qualidade estar baseada, principalmente, nos métodos de controle, logo passou a ser vista de uma forma mais abrangente, permeando tudo que se fazia na organização e chamando a participação de todos.
Uma questão que está sempre presente na qualidade é a seguinte: Qual é o valor agregado? Embora esta questão permita um melhor entendimento da melhoria contínua, a resposta não precisa ser necessariamente quantitativa, nem mensurável no sentido tradicional [Brocka, 1994, p.51]. Cabe aqui observar que essa forma de quantificação tem apresentado limitações, particularmente para as