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HISTÓRIA: SUJEITOS, SABERES E PRÁTICAS.
29 de Julho a 1° de Agosto de 2008.
Vitória da Conquista - BA.
MULHERES CHEFE DE FAMÍLIA NA SÉ NO SÉCULO XIX
Jane de Jesus Soares
Mestranda em História pela Universidade Estadual de Feira de Santana ( UEFS)
E-mail: j_j_soares@hotmail.com
Palavras-chave: Mulheres. Chefe. Família.
Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre (2004) foi o primeiro estudo a sistematizar o papel da família brasileira, ele discorreu sobre a família nuclear, patriarcal e extensa, na grande lavoura de Pernambuco. Durante muito tempo esse modelo foi propagado como hegemônico para todo o Brasil. Antonio Candido ampliou a discussão da família patriarcal de Gilberto sob o regime de economia escravista do século XVI para o século
XIX, com o advento da industrialização e a ruína das grandes propriedades , essa passou a ser família conjugal c onstituída de pai, mãe e filho.
A análise de Freyre foi utilizada por antropólogos e cientistas sociais como ponto de partida de novas análises para criticá -la ou ampliar a discussão (CORRÊA, 1982, p. 16). A retomada dos estudos sobre família ocorreu em 1970. A maior parte dos estudos foi feito por demógrafos – historiadores (MARCÍLIO, 1977) interessados nas estruturas demográficas e nas famílias, no intuito de rever questões antes colocadas, em busca de novas perspectivas de entendimento do passado da sociedade brasi leira.
O impulso da história social fez com que a família adquirisse papel fundamental nos estudos na década de 80. No livro A formação da classe operária inglesa Thompson (1987) fez uma proposição teórica para analisar seu objeto de estudo, a classe oper ária inglesa. Para ele é no processo de luta que se forja a identidade social das classes populares e não pela difusão dogmática de qualquer doutrina. A teoria de Thompson teve ecos e formou uma legião de historiadores que utilizam as suas formulações para analisar sujeitos históricos