Tecnologia é sociedade
“Tecnologia é sociedade”
A integração entre educação, tecnologia e sociedade representa um questionamento que se faz a todos aqueles que cientificamente analisam a história da educação, a pedagogia e as relações sociais no mundo em que vivemos. O papel da ciência e da tecnologia nas sociedades contemporâneas é tão profundo que se torna improvável pensar um ambiente, que não se façam presentes. Dentro do processo de evolução social, as tecnologias empregadas refletem as contradições e os conflitos existentes entre o poder econômico e sua predominante concentração de riquezas, poder e acesso à informação e aos desejos de participação democrática e autonomia cultural. Sendo assim, a sociedade civil tem o dever e o direito de participar do controle sobre as inovações tecnológicas, pois estas, não podem ficar a critério único de cientistas, tecnocratas, políticos e empresários. Neste âmbito, sugere-se uma avaliação prospectiva elaborada no princípio da precaução e que contemple, além dos aspectos técnicos e financeiros, a exigência inadiável de ultrapassar a situação de desigualdade e o processo de destruição do meio ambiente.
A evolução tecnológica representa a síntese de esforços conscientes e direcionados de grupos sociais específicos, obrigando as instituições de ensino a tornarem-se ambientes adequados para a definição e resolução de conflitos técnicos e para a discussão de suas implicações sociais. Procura-se desta forma reduzir a distância aparente entre uma parte da população que conhece os conceitos científicos e uma grande maioria que passa ao largo de qualquer questionamento científico.
Numa sociedade que tem como objetivo aprofundar um conceito de democracia que represente uma participação cada vez mais ampla dos cidadãos na tomada de decisões que interfiram em suas vidas e seus interesses, uma cultura nesses moldes se constituiria em uma versátil infra-estrutura de participação. Vale salientar que criar uma