tecnologia e robotica
Pílulas inteligentes, monitores cardíacos sem fio e assistentes cirúrgicos robóticos podem reformular radicalmente o atendimento médico
Uma nova geração de aparelhos que utilizam comunicação sem fio, softwares sofisticados e bancos de dados baseados na computação "em nuvem" promete um tipo de assistência médica antes imaginada apenas nos hospitais do futuro.
Esses avanços, que variam desde sensores ingeríveis, monitores cardíacos sem fio, até braços robóticos que reproduzem os movimentos de um cirurgião prenunciam rápida queda de custos no exato momento em que os consumidores clamam por cuidados médicos menos dispendiosos. Monitoramento ininterrupto por meio de sensores sem fio, bioquímica avançada e o poder da computação remota, que investiga e combina dados de sintomas com causas prováveis, poderão ajudar os médicos a se unirem para realizar diagnósticos mais rápidos e corretos, onde quer que estejam.
"Esses desenvolvimentos agregam o trabalho de cientistas e tecnólogos de muitas disciplinas", diz Gordon Edge, inventor e ex-presidente do Conselho Diretor da Cambridge University-MIT. "Esse é o fruto da união de eletrônica, computação, química básica e microbiologia."
Nenhum avanço reflete melhor essa colaboração criativa do que as pílulas inteligentes (smart-pills), ou pílulas que incorporam sensores que emitem sinais e retransmitem dados vitais após a sua ingestão. Em conferência sobre inovações patrocinada pela revista The Economist, realizada em março em Berkeley, Califórnia, a Proteus Biomedical destacou-se pelos materiais pouco convencionais utilizados nas suas smart-pills.
Sediada em Redwood City, Califórnia, a empresa combina sensores feitos de substâncias encontradas em alimentos (entre elas cobre, magnésio e silício) com remédios já existentes, o que garante digestão segura e também reduz os custos, na medida em que substitui minerais mais dispendiosos, como o silício (cujos