TECNOLOGIA E EXCLUSÃO SOCIAL
Nos dias atuais, vivemos de modo intenso as oportunidades e os desafios proporcionados pelos avanços da tecnologia e, assim, podemos observar os efeitos que isso tem causado no mercado de trabalho e na sociedade em geral. Sem dúvida, temos que reconhecer os benefícios que tais avanços trouxeram-nos – facilitando a comunicação ou as pesquisas em diversas áreas, por exemplo – , mas, observando a questão com o cuidado que ela exige, cabe aqui a pergunta: será que a população menos favorecida também está tendo a oportunidade de acompanhar esse desenvolvimento tecnológico?
A resposta não surge facilmente. A despeito das diversas perspectivas positivas ligadas à presença da tecnologia em nossas vidas, a sociedade tem sofrido também negativamente, pois, hoje em dia, deparamo-nos com uma severa exigência de qualificação e de aperfeiçoamento por parte daquele que deseje se inserir nesse cenário, o que nem sempre pode ser percebido em termos verdadeiramente democráticos e universais. Diante de tais demandas, surge a necessidade de envolvimento de todos os setores da sociedade, sobretudo do poder público. O governo precisa investir na educação e na preparação de profissionais, para que, futuramente, essa situação de exclusão de parte da população seja revertida. O acesso a essa tecnologia deve ser direito de todas as classes e não somente daqueles com maior poder aquisitivo. Não se tem um real e proveitoso avanço tecnológico se a maioria das pessoas não forem capazes de dominar e manusear tais inovações.
Investir na educação e na qualificação de cada cidadão, sem exceção, bem como oferecer a oportunidade de caminhar para a evolução do homem enquanto parte integrante e ativa da sociedade, constituem o primeiro passo a se dar em direção ao um desenvolvimento real, tanto tecnológico quanto social.