Tecnologia papel e celulose
Uma economia renovada tem interferido diariamente nas ações e expectativas dos cidadãos. As práticas empresariais foram por muito tempo desenvolvidas vislumbrando apenas resultados financeiros, porém, vivemos numa realidade em que as empresas necessitam se remodelarem, esta realidade é imposta pela sociedade e pelo mercado, por isso, muitas organizações começaram a rever suas formas de trabalharem com os aspectos sócio-ambientais.
A indústria brasileira de celulose e papel proporciona mais de 100 mil empregos diretos e milhares de indiretos e está presente comunidades industriais e plantações em 450 municípios de 16 estados brasileiros nas cinco regiões do país, entretanto não pode descuidar da sua responsabilidade no cenário ambiental, é preciso haver o crescimento no envolvimento da empresa na utilização do desenvolvimento sustentável.
Na questão ambiental, segundo o diretor técnico da Associação Brasileira de Papel e Celulose, Mário Higino Leonel, uma das principais preocupações do setor, em sua atividade florestal, é o equilíbrio entre áreas de produção e reservas naturais, para preservação da flora e da fauna. A produção de celulose e papel no Brasil utiliza como matéria-prima o pinus e o eucalipto, plantados exclusivamente para esse fim. E as florestas cultivadas pelas indústrias são consorciadas com reservas nativas, que hoje somam 1,5 milhão de hectares preservados. Ou seja há um perigo que as matas originais sejam todas substituídas por depósitos vivos de celulose. Essa postura é reprovada não só pelos ambientalistas, mas por investidores preocupados com o meio ambiente. Há, hoje, a figura do “acionista natureba” ou os chamados stakeholders, nos quais só investem seu capital em empresas que conseguem manter seu giro econômico com desenvolvimento sustentável.
É neste cenário de riscos e oportunidades que muitas empresas já divulgam relatórios com as suas estratégias para mitigar os