Tecnologia na educação
O livro Os sete saberes necessários à educação do futuro de Edgar Morin, mostra no I capítulo que todo conhecimento permite o risco do erro e da ilusão, a educação deve mostrar que o conhecimento está ameaçado pelo erro e pela ilusão. Nos erros mentais o cérebro não distingue a alucinação da percepção, o sonho da vigília, o imaginário do real, o subjetivo do objetivo. Cada mente tem um potencial de mentira para si próprio, que é fonte permanente de erros e de ilusões. Nos erros intelectuais, os sistemas de idéias protegem os erros e ilusões neles inscritos e são invulneráveis a qualquer crítica que denuncie seus erros. Nos erros da razão existe a racionalidade construtiva que elabora teorias coerentes e verifica o caráter lógico, e a racionalidade crítica exercida sobre erros e ilusões das crenças, doutrinas e teorias. “Daí decorre a necessidade de reconhecer na educação do futuro um principio de incerteza racional: a racionalidade corre rico constante, caso não mantenha vigilante autocrítica quanto a cair na ilusão racionalizadora” (p.24). Significa dizer que a verdadeira racionalidade não é apenas teórica ou crítica, mas também autocrítica. Nas cegueiras paradigmáticas o paradigma efetua a seleção e a determinação da conceptualização e das operações lógicas, os indivíduos conhecem, pensam e agem segundos paradigmas inscritos culturalmente neles, o paradigma um papel ao mesmo tempo subterrâneo e soberano em qualquer teoria, doutrina ou ideologia, é inconsciente, mas irriga o pensamento consciente, assim, pode ao mesmo tempo elucidar e cegar, revelar e ocultar. O imprinting é um termo proposto para dar conta da marca indelével impostas pelas primeiras experiências do animal recém-nascido, o imprinting cultural marca os humanos desde o nascimento, primeiro com o elo da cultura familiar, depois com o da escola, prosseguindo pela universidade e na vida profissional.