Tecnologia na aviação
Sem dúvidas, a aviação é uma das áreas que mais fazem intercâmbio com o desenvolvimento tecnológico mundial. Avanços em diversas áreas, desde comunicação e navegação, até o gerenciamento de custos operacionais estão presentes nos cockpits de grandes e pequenas aeronaves comerciais. Um exemplo clássico disso é o uso da FCU (Fuel Control Unit). É a era do foco na melhor relação custo-benefício.
A tecnologia embarcada nas aeronaves da atualidade vem com o intuído de aumentar a eficiência do voo e a segurança operacional, além de diminuir a carga de trabalho da tripulação, que fica mais disponível para o gerenciamento do voo como um todo. Ao entrar em um cockpit hoje em dia, tem-se mais a impressão de estarmos dentro de um computador, não dentro de um avião.
Mas para que toda essa tecnologia seja eficientemente utilizada, é imprescindível a boa qualificação e sintonia da tripulação com os recursos automatizados disponíveis. Do contrário, aquilo que tornaria a operação mais segura e rentável, passa a configurar uma ameaça ao bom desempenho da tripulação. A partir do momento em que se tem uma aeronave com excelentes recursos, porém para a qual a tripulação não está preparada, passamos a ter a possibilidade de consequências drásticas. Seria como “jogar pérolas aos porcos”, como já dizia o ditado. Exemplo disso é a postura da tripulação da aeronave Legacy, que se chocou com um Boeing da Gol em setembro de 2007.
O avanço tecnológico se dá cada vez mais rápido, gerando ferramentas antes inimagináveis. Isso há tempos tem gerado a discussão: as máquinas chegarão ao ponto de substituir os homens na operação das aeronaves? Conseguirá a tecnologia substituir o bom julgamento e a experiência de um piloto? No atual cenário, é complicado prever qual será o resultado de uma evolução tecnológica tão rápida, mas hoje o que se pode por vezes afirmar é que as tripulações estão passando de operadoras a reféns dos novos sistemas, em detrimento da pilotagem