Tecnologia de reprodução e seu impacto sobre o desenvolvimento psicossocial e emocional da criança 1
Desde o nascimento do primeiro bebê produzido utilizando a fertilização in vitro, em 1978,1 avanços nos procedimentos de reprodução assistida tiveram impacto fundamental na maneira como as famílias podem ser constituídas. Atualmente é possível uma criança ter cinco pais: uma doadora de óvulo, um doador de esperma, uma mãe “barriga de aluguel” que vai “hospedar” o embrião, e os dois pais sociais que a criança vai chamar de Mamãe e Papai.
Do que se trata
Pesquisas sobre o desenvolvimento psicológico de crianças em famílias de reprodução assistida focalizam dois procedimentos principais:
1. Procedimentos de “Alta-tecnologia”, que incluem a fertilização in vitro (FIV) e injeção intracitoplasmática de espermatozóides (ICSI). A FIV envolve a fertilização de um óvulo com espermatozóides no laboratório, e o embrião resultante dessa fertilização é, então, transferido para o útero da mãe. Com a ICSI, um único espermatozóide é injetado diretamente no óvulo para gerar um embrião.
2. Doação de gametas inclui inseminação artificial de espermatozoides de doador e doação de óvulo. A inseminação artificial com doador de sêmen envolve a inseminação na mulher de espermas cujo doador não é nem seu marido nem seu parceiro. A criança gerada é geneticamente relacionada à mãe, mas não ao pai. A doação de óvulo é semelhante à inseminação artificial com doador de sêmen no que diz respeito à criança ser geneticamente relacionada a apenas um dos pais, mas neste caso a mãe não tem ligação genética com a criança. A doação de óvulo é um procedimento muito mais complexo e invasivo do que a inseminação artificial com doador de sêmen, e envolve técnicas de FIV.
Problemas
Os problemas-chave nesta área de investigação são os seguintes:
Entre os que utilizaram os procedimentos de FIV e ICSI, maior incidência de nascimentos múltiplos, nascimentos prematuros e bebês com baixo peso ao nascer. O