Tecnologia de lavra de rochas ornamentais
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Tecnologias novas na lavra de rochas ornamentais As rochas ornamentais, em muitos casos, tem sido extraídas e beneficiadas por processos manuais lembrando garimpos, no que se refere ao desrespeito à legislação lato sensu, ao mal aproveitamento das reservas, à não segurança do trabalho, ao não recolhimento dos impostos. Certas rochas, por alteração superficial de seus minerais, tornam-se amarelas e a indústria de beneficiamento acostumou-se a trabalhar com blocos de granitos "tipo juparaná". Hoje claramente vê-se que esta linha de desenvolvimento já não se aplica por ação e proibição dos órgãos de meio ambiente nas lavras e por esgotamento dos matacões lavráveis a céu aberto. Sendo assim estão se justificando, por razões econômicas e ambientais, tecnologias novas que permitam minimizar o impacto ambiental da lavra e do beneficiamento das rochas ornamentais mas também otimizar o aproveitamento das reservas destas rochas abolindo então lavras predatórias. Das tecnologias novas, que deverão ter sua importância relativa aumentada no próximo futuro destacamos duas que nos parecem mais propícias para serem tecnologicamente adaptadas e desenvolvidas: A lavra subterrânea e O corte de rochas graníticas com jato d'água sem abrasivos. Lavra Subterrânea Tal modelo de lavra não está culturalmente associado à industria mineral do Brasil. Isto se explica pelo fato das grandes jazidas minerais brasileiras serem jazidas na zona de intemperismo, et pour cause, visto que este fenômeno de alteração superficial é freqüentemente o próprio formador da jazida. Citaria como exemplo as jazidas de bauxita (alumínio), às de nióbio, às de anatásio (titânio), as de ferro, todas de dimensões enormes na escala planetária e que aportam as maiores quantidades dos minérios que o Brasil utiliza e/ou exporta. A exceção são as jazidas de ouro que iniciaram sua produção em subterrâneo a partir do começo do século XIX, em Minas Gerais e motivaram mais tarde a instalação da Escola de