tecnologia das tintas na construção naval
Primers protetivos - A primeira camada aplicada sobre a superfície metálica é a que responde pela proteção contra a corrosão. Os produtos mais modernos aposentaram os metais pesados, como o chumbo, o cromo e o estanho, e buscam agregar funcionalidades. a preparação da superfície, no passado, era feita com jateamento a seco com areia ou outro abrasivo, prática proibida pelos danos à saúde dos trabalhadores principalmente por causar silicose, danos aos pulmões. O uso de areia também passou a ser controlado, porque essa extração mineral era feita de forma ambientalmente agressiva. A tecnologia atual é de jateamento úmido, com água sob alta pressão. Isso exigiu desenvolver tintas compatíveis com a pintura de superfícies molhadas, pois a pintura precisa ser feita imediatamente após o tratamento inicial. Tanto a área marítima quanto em refinarias, preferem os primers com alto teor de sólidos e os de base água, atestando a crescente preocupação ambiental. A Petrobras, por exemplo, exige tintas com pelo menos 80% de sólidos. A aplicação de tintas com essa característica exige tecnologia específica. A seleção do primer depende do projeto em execução. Em geral, são preferidos produtos multifuncionais, capazes de conferir secagem rápida, aceitar aplicação sobre superfície úmida e proporcionar elevada aderência ao substrato.
Tintas multiuso - Como a praticidade, a redução de inventário e a aceleração de operações estão na pauta do setor marítimo, cresce a procura por tintas que possam ser aplicadas em vários lugares, sem prejuízo do desempenho final. Um dos maiores desafios para os formuladores é desenvolver produtos multiuso, que possam ser aplicados da quilha á chaminé, confirmou Juarez Machado. Com isso, é possível simplificar as especificações de pintura e, consequentemente, o processo de compra, armazenamento e aplicação. Quanto menor o número de produtos envolvidos em uma especificação, menor a possibilidade de erro em todas as fases do