Tecnologia da informação
Fonte: BATISTA, E. O. Sistemas de Informação: o uso consciente da tecnologia para o gerenciamento. São Paulo:
Saraiva, 2004.
A informática, apesar de extremamente conhecida hoje, demorou muito tempo para se tornar popular no Brasil. Por muitos anos ter computadores era privilégio das grandes corporações; especificamente no Brasil eram utilizados os grandes mainframes, na década de 1950, no setor bancário. Nessa época, os computadores eram equipamentos enormes, caríssimos, sistemáticos (principalmente com relação à climatização e estática) e lentos quando comparados com os atuais.
Também nessa época, os computadores funcionavam no período noturno para o processamento dos dados dos dias anteriores. A mentalidade existente na época era da mecanização, a qual pode ser traduzida na transformação de atividades repetitivas feitas pelos trabalhadores em atividades mecânicas executadas pelo computador.
Os maiores especialistas em construção desses sistemas mecanizados eram os analistas de sistemas, que, por não serem grandes conhecedores dos processos empresariais, criavam algo que se assemelhava ao executado manualmente, sem nenhum tipo de racionalização ou melhoria. Outro ponto a destacar é que nem sempre os processos da empresa estavam corretamente definidos ou documentados, sendo mecanizados mesmo assim.
Essa metodologia errônea de concepção dos sistemas permaneceu até 1970, quando o aparecimento dos computadores de 3ª geração mudou drasticamente a utilização de computadores, deslocando o poder de processamento para as mãos dos usuários. Assim, a capacidade de capturar e recuperar dados se tornou mais simples e apareceu a possibilidade de transmissão de dados em lote, utilizando o telefone e reduzindo distâncias.
Nesse período, a informática passou a ser aplicada aos processos administrativos, contábeis e operacionais; já os processos de gestão ficaram para muito mais tarde. Até essa