Tecnoliga da Informação
Estima-se que dos 4,1 milhões de empresas existentes no Brasil atualmente, aproximadamente 4 milhões (98%) sejam Micro e Pequenas Empresas - MPE. As MPE são responsáveis por 21% do PIB brasileiro; 57,2% da força de trabalho que possui carteira assinada e também por 26% da massa salarial (MINISTÉRIO DA CIÊNCIA E
TECNOLOGIA, 2004)
Bergamashi (2004), por exemplo, analisou os gastos com a Tecnologia da
Informação - TI de 228 empresas localizadas em São Paulo, identificando que as pequenas empresas comprometem maior percentual do faturamento médio com a TI (3,78%) do que as grandes (3,19%) e médias empresas (1,16%). Ainda assim, um argumento bastante defendido pelos executivos das MPE, para não utilizarem computadores nas empresas onde atuam, é que a TI é extremamente complexa e representa um elevado custo para os seus negócios (MORAES et al., 2004).
Empresas de hardware e software vêem as MPE como um novo e atraente segmento de mercado, desenvolvendo uma linha bastante diversificada de produtos.
Para Prates e Ospina (2004), na maioria das empresas, a adoção da TI surge em função de uma necessidade derivada de objetivos organizacionais pré-estabelecidos – para solucionar algum problema organizacional ou mesmo manter a empresa operando. A necessidade de integração, a melhoria do controle organizacional, uma vantagem relativa, a manutenção e/ou aumento da sua participação no mercado, a redução de custos, dentre outros, podem motivar os executivos a investirem em diferentes TIs. O próprio sentimento do microempresário de que precisa investir em informática para que sua empresa possa continuar no mercado pode influenciar na decisão de adquirir uma tecnologia, mesmo que esta não seja direcionada de forma tão racional, ou ainda, orientada por objetivos de eficiência técnica (TEO et al., 2003).
Falta de habilidade dos usuários e os fatores econômicos para aquisição de TI ou para atualização de hardware e software são os