Tecnico em transações imobiliarias
Certamente, você já ouviu esse conselho muitas vezes. Se você colocou-o em prática nas décadas de 50, 60, 70 ou 80, parabéns! Provavelmente, você ficou contente com o retorno obtido. Mas, nos anos 90, a realidade começou a mudar…
Conselho Popular: “Meu filho, compre logo sua casa! Esse é o único investimento seguro!”
O Brasil, entre os anos 40 e 80, viveu uma enorme migração do campo para as cidades. Em 1940, 69% da população brasileira viviam na zona rural; em 1996, apenas 22% da população permaneciam no campo. Em decorrência, os imóveis urbanos assistiram a uma excelente apreciação em seus valores. Além disso, comprar casas e terrenos foi uma importante defesa contra as altas taxas de inflação. Esses imóveis saíram-se bem diante dos diversos planos de estabilização econômica que vivemos a partir de 1986: Cruzado, Bresser, Verão, etc. Juntem-se a isso os enormes subsídios oferecidos pelo Sistema Financeiro da Habitação nos anos 70 e 80. Todos os ingredientes estavam reunidos para um boom imobiliário. Entretanto, os imóveis não conseguiram suportar as elevadas taxas de juros praticadas nos anos 90, principalmente após o Plano Real.
Investir em imóveis implica riscos
Suponho que você não seja um profissional do mercado de imóveis que possa ficar garimpando oportunidades a cada instante. Nesse sentido, é importante alertá-lo de que existem outros riscos embutidos no investimento imobiliário. A compra de um imóvel costuma ser muito estressante. Mas se esse bem constituir-se na maior parte de seu patrimônio, não poupe preocupações. Elas deverão ser recompensadas. A seguir, vamos discutir os principais riscos desse investimento.
Depreciação
Um apartamento de luxo, nos anos 70, tinha quatro dormitórios, uma suíte, dois banheiros e uma garagem. O azulejo da moda era da cor preta ou vermelha. Hoje, um apartamento, para o mesmo perfil de consumidor, tem quatro suítes, um lavabo, quatro garagens, playground, salão de