Tecnicas de RMN
RMN 2D: DETECÇÃO INVERSA E GRADIENTE DE CAMPO NA DETERMINAÇÃO ESTRUTURAL
DE COMPOSTOS ORGÂNICOS
Carlos R. Kaiser
Instituto de Química - Universidade Federal do Rio de Janeiro - Fundão - CT - Bloco A - 21949-900 - Rio de Janeiro - RJ
Recebido em 13/7/98; aceito em 5/7/99
2D NMR: INVERSE DETECTION AND FIELD GRADIENT IN STRUCTURE DETERMINATION
OF ORGANIC COMPOUNDS. A view of the general aspects involving the 2D NMR spectroscopy using inverse detection and field gradient techniques is presented through the analysis of a sesquiterpene. Keywords: 2D NMR; inverse detection; field gradient.
RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NUCLEAR
A Ressonância Magnética Nuclear (RMN) é sem dúvida uma das mais poderosas técnicas espectroscópicas no estudo de aspectos estruturais e dinâmicos de moléculas orgânicas em solução. Tanto que na atualidade é muito comum fazer medidas de RMN para uma determinada substância, mesmo antes de se obter um espectro de infravermelho ou um espectro de massa.
Esta constatação está diretamente relacionada com a evolução técnica dos equipamentos de RMN nesta última década. Por exemplo: magnetos supercondutores com maior estabilidade do campo magnético e versatilidade no ajuste da homogeneidade; hardwares que permitem eficiente elaboração e precisão na programação das sequências de pulsos, de forma a acomodar as mais variadas técnicas multidimensionais (2D, 3D, etc.); softwares que fornecem uma interface mais simples e rápida com o hardware, facilitando o controle do instrumento. As melhorias nos equipamentos geralmente vem acompanhadas da introdução de novas sequências de pulsos. Todavia, apesar de sempre serem instigantes para o químico espectroscopista, novas técnicas de pulsos levam um longo tempo até que sejam plenamente absorvidas pela grande maioria dos usuários1-5.
Ainda é rotina obter espectros em uma dimensão (1D) de 1H,
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C{1H} e DEPT de um determinado composto, mesmo que em muitas situações estas duas últimas