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A distribuição do poder
Em entrevista exclusiva, Jeffrey Pfeffer, a maior autoridade de Stanford quando o assunto é poder, ensina a avaliar a distribuição de poder em uma organização e afirma que os executivos inovadores são os que mais tendem a acumular poder atualmente.
Há alguns anos se dizia nos solenes claustros de Harvard que é mais fácil falar de dinheiro e mais fácil ainda, de sexo do que falar de poder. Porém, em outra usina de idéias como é Stanford, Jeffrey Pfeffer não hesitava em ministrar cursos e escrever livros que se transformaram em obras de referência sobre o assunto, como Managing with Power, onde reconhecia sem rodeios que o poder desperta sentimentos ambivalentes. Todos admitimos que o poder é uma faculdade desejável porque parece necessário ao sucesso, mesmo sem apreciá-lo.
Essas emoções que o poder desperta, que podem chegar ao extremo do desprezo mais absoluto, são consequência de dois fatores. O primeiro: o fato de saber que as mesmas estratégias e procedimentos usados para alcançar objetivos positivos podem ser utilizados com intenções nefastas. O segundo: a experiência educacional, em qualquer nível, geralmente ensina que o sucesso na vida é uma questão de esforço individual e tira importância da interdependência. Não é assim, afirma Pfeffer. O sucesso é, com frequência, consequência do trabalho em equipe e de quão bem os indivíduos possam coordenar suas atividades.
Nesta entrevista exclusiva, Pfeffer faz reflexões sobre algumas questões delicadas em torno do assunto, desde os símbolos de poder, reais e percebidos, até os atributos ou qualidades pessoais necessários para conseguir detê-lo e retê-lo sem se omitir em temas tão escorregadios como as lutas políticas e as concorrências internas.
Em seu livro Managing with Power, o Sr. afirma que administrar o poder significa reconhecer a existência de interesses diversos em qualquer tipo de organização. Em uma