Tecnicas de negociação
PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Virginia Maria Salerno Soares
Coppe/UFRJ – Programa de Engenharia de Produção - recém doutora; Tel.: 2562-7048; e-mail: vmssoares@openlink.com.br
Este artigo trata da linguagem e da negociação na projetação relacionadas a um contexto participativo de troca entre os stakeholders (as pessoas envolvidas na projetação). Inicialmente definimos projetação para em seguida falarmos da importância de um determinado tipo de “modelo heurístico” simples que viabilize negociações para implantação de projetos. Abordamos o contexto de risco em que se encontra a nossa sociedade e recorremos as ”regras” de linguagem de Wittgenstein e a vida da linguagem de Edgar Morin. Recorremos também aos modelos comportamentais de Schon e mostramos que o modelo menos defensivo de abordagem serve de exemplo ao comportamento mais apropriado na negociação. Falamos também do aspecto sistêmico na negociação citado por Martinelli.
Para falarmos de linguagem e negociação na projetação devemos em primeiro lugar definir projetação. Inserida no “paradigma” da pesquisa-ação a projetação é um setor especial da metodologia que tem caráter e ação de extensão relacionada às áreas de engenharia, arquitetura e design. No entanto, não concebemos a palavra projetação sem que ela abranja um processo contínuo de reflexão-investigação-reflexão-análise (verificação de hipóteses e causas dos problemas)-reflexão-modelagem-reflexão-participação-reflexão-implantação-reflexão-monitoração-reflexão-correção-.......e assim circularmente, ou melhor “espiraladamente”.
Neste trabalho vamos nos ater à questão da participação-reflexão-implantação, por exemplo, sabemos por experiência, que as dificuldades de execução e principalmente de implantação de um projeto reside nos problemas de comunicação entre interlocutores (stakeholders). Esta comunicação deve ser à base de um processo de negociação que abrace toda a projetação.