Tecidos

Tecidos
A história nos documenta que as primeiras fibras têxteis cultivadas pelo homem nas antiguidades foram o linho e o algodão, no campo vegetal, e na lã e a seda no campo animal. Hoje simplesmente as chamamos de matérias primas naturais. Mas, com origens diversas, cores características, e, acima de tudo, um passado tão rico, elas nos proporcionam um passeio no mundo particular, em que imagens se misturam a aromas e sons, criando cenas que nos fazem sonhar.

O linho, com mais de 8 mil anos de história, nascido em planícies áridas e açoitado por vento cortante, chegou ao estatos de fibra nobre. Muitas vezes sabe esconder sua origem camponesa nos arabescos de tecidos adamascados, sobre mesas de grandes banquetes, combinando a cristais, porcelanas e pratarias. Outras vezes faz esquecer sua procedência rústica, mostrando toque macio e delicado em finas cambraias infectadas com rendas e nervuras. Quando passamos no linho, o imaginamos azul como sua flor, perolas como as areias ou, ainda, branco como a claridade de um dia cheio de sol.
O algodão, que acompanha o homem desde a pré história, deixou de ser a lã branca que da em árvore para colorir povos dos mais distantes países. Mostra-se sempre presente nas mais exóticas viagens. Quando no oriente, misturam-se a incensos, flores, oferendas, trilhas de sinos budistas. Seja na China, no Nepal, na Índia, no Paquistão... Quando no ocidente, é associado ao sol, ao verde da paisagem, ao colorido das frutas e aos ritmos, sejam no Brasil ou no México.
A lã nos lembra passagens, montanhas, carneiros, tosquinas... Alem de sua origem rude, sob clima rigoroso. Mas pode nos transportar a um ambiente aconchegante, onde o estalar da madeira na lareira se mistura ao trilhar de copos entre risos e abraços. Nas cores, vemos a mistura de cruz e marrom vindo do campo se mesclarem aos vibrantes tons citadinos, que o homem acrescenta como um mágico tempero num elemento básico.
A seda será sempre lembrada como do oriente. Em nossas