TEC
DIETA VEGETARIANA
As dietas vegetarianas são consideradas pelos seus adeptos mais saudáveis do que as dietas mistas com carne e peixe, e, também, protetoras (e não favorecedoras) contra as doenças cardiovasculares.
Os estudos recentes de nutrição e os estudos colaterais de ordem antropológica, arqueológica e de nutrição comparada levam a concluir, porém, que não há base científica nem prática que justifique este critério.
O homem foi desde sempre um animal omnívoro, nota-se devido a constituição do seu aparelho digestivo, e das cerca de 200 espécies de primatas existentes nenhuma tem alimentação exclusivamente vegetariana ou de produtos animais.
Mesmo no período da idade da pedra e dos grandes arrefecimentos glaciares, em que a alimentação passou a ser temporariamente de grande predomínio de produtos animais, como é hoje entre os esquimós, o homem continuou a ser omnívoro, procurando alimentos vegetais complementares.
Os grandes riscos da alimentação moderna nas suas relações com as doenças degenerativas, embora em parte relacionados com produtos animais (consumo excessivo de carne e gorduras saturadas), dependem muito mais da utilização de produtos vegetais refinados, como açúcar e farinhas brancas, e do baixo consumo de produtos vegetais ricos em amido e fibra. A alimentação exclusivamente vegetariana (dietas constituídas por 100 % de vegetais) pode ser perigosa sobretudo para a criança durante o desmame e, depois ao longo de todo o período de crescimento, porque nesta fase da vida há necessidade absoluta de um mínimo de proteínas e gorduras animais, para se poder atingir o nível óptimo de ácidos aminados e ácidos gordos adequados para o metabolismo durante o crescimento.
Os regimes alimentares vegetarianos utilizam alimentos vegetais, como o nome indica, e são fundamentalmente de três tipos:
- baseados apenas no consumo de produtos de origem vegetal (vegetarianos totais ou veganistas);
- baseados no consumo de produtos