TEC. NEGOCIAÇÃO
A ação
CASO GINZEL X KOLCRAFT
A ação
No final de 1998, a Kolcraft Enterprises e a Hasbro, Inc. foram processadas em Illinois por homicídio doloso do bebê de dezesseis meses, Danny Keysar. Após ter sido deixado a sós para o seu sono da tarde, o menino morreu estrangulado em um berço portátil que se desmontou. O berço havia sido fabricado pela Kolcraft, mas exibia a famosa marca Playskool da Hasbro como resultado de um acordo entre as duas empresas. A ação foi impetrada pelos pais do bebê, Linda Ginzel e Boaz Keysar.
A tragédia ocorreu em uma creche que, apenas uma semana antes, havia recebido a rotineira inspeção estadual. A princípio a morte do menino pareceu não passar de um monstruoso acidente que não poderia ter sido previsto ou prevenido. Mas, como a estória da família foi relatada pelos jornais e a notícia foi transmitida pela televisão de Chicago, soube-se que quatro outras crianças haviam morrido exatamente da mesma forma e no mesmo modelo de berço “Playskool Travel-Lite”1 [Playskool Leve para Viagem] que havia se desmontado e causado a morte de Danny. Na verdade, cinco anos antes a Kolcraft Enterprises, o fabricante, havia solicitado a retirada do produto do mercado. No entanto, nem os pais de Danny nem a diretora da creche, em momento algum, ouviram falar de tal solicitação e, aparentemente, tampouco souberam dela os inspetores estaduais que haviam visitado a entidade, devidamente licenciada, pouco tempo antes.
Investigações mais profundas revelaram que a Consumer Product Safety Commission (CPSC) [Comissão de Segurança de Produtos ao Consumidor] conhecia bem os casos de morte ocorridos anteriormente nos berços Playskool Travel-Lite. Ao menos superficialmente, a Comissão havia supervisionado a solicitação de retirada do produto da Kolcraft do mercado.
Linda Ginzel e Boaz Keysar ficaram horrorizados ao saber que o berço já havia sido considerado um perigo à segurança e