Teatro
O cine-teatro Polytheama foi inaugurado em 1911. Sua origem, contudo, remonta ao final do século passado quando Albano Pereira apresentou a então Intendência Municipal um projeto para construir, sob concessão um "polytheama", ou seja, uma casa que abrigasse espetáculos vários tais como circo, teatro, dança e cinema. A própria palavra "polytheama" expressa essa intenção: "poly", de origem latina, quer dizer "vários"; "theama", de origem grega, significa "espetáculo". A construção de casas de espetáculos foi uma das características do processo de modernização das médias e grandes cidades entre o final do século XIX e o início do XX, processo este impulsionado pela aceleração dos movimentos de industrialização e urbanização. Os cines-teatro, juntamente com os cafés, se constituíram então como novos lugares da sociabilidade urbana.
Em 1920, era considerado o maior Teatro do Estado de São Paulo, com 2920 lugares. Em 1927, o Polytheama passou por uma radical reforma interna, modificando por completo seu aspecto de Pavilhão: foram construídos três pavimentos. Plateia com 1400 cadeiras e 40 frisas, o segundo com 44 camarotes e o terceiro onde ficavam as gerais e os balcões. Construiu-se, também, cabine de projeção cinematográfica. Finalmente, em 1928, foi reinaugurado com a apresentação de espetáculos da Companhia Artística de Clara Weiss.
A partir dos anos 1950, o Polytheama viveu um período de crise. Naquela década, alguns artigos de jornal criticavam o comportamento, segundo eles "inadequado", de parte dos frequentadores do teatro. Esses documentos apontam, ao mesmo tempo para a degradação que esta casa de espetáculos vivenciou durante os anos 60, 70 e parte dos 80 e para um processo de mudança de costumes e práticas sociais. Nos anos de 1970, o Teatro chegou a ser colocado à venda tal era o estado de destruição e o desinteresse das autoridades.
No início da década de 1980, a administração municipal adquiriu o teatro, que