Teatro: O jogo da vida
Duas famílias, classe média vivendo num confortável e calmo bairro da cidade. Tendo duas filhas, Mônica e Ângela, da mesma idade, que freqüentavam a mesma escola, a mesma série.
Ângela: - Mãe to indo.
Ana: - Fale baixo vai acordar teu pai. Se tiver que ir vai e não grite. Ângela se afasta estranha, acreditando que sua mãe não liga pra ela. Vai até a casa de Mônica chama-la. Amiga dos tempos de infância, das brincadeiras de roda, de casinha. Acabam crescendo juntas.
Ang. – Vamos Mônica.
Mônica sai na porta acompanhada dos pais Maria e Paulo. Ângela observa o carinho dos pais da amiga, lembrando da forma ríspida que sua mãe sempre falava com ela.
Mon. – Tchau mãe. Obrigada pelo café.
Maria. – Se cuida filha. Vai com Deus e boa aula.
Paulo – Vamos filha te levo pra escola.
Mon. – Não precisa pai, pode ir trabalhar sossegado. Vou com Ângela.
Ang. – Bom dia seu Paulo.
Paulo. – Bom dia Ângela, Tudo bem?
Ang. – Bom dia, senhor Paulo.Tudo sim, obrigada por perguntar.
Paulo deu um beijo na filha e se dirige para o carro dizendo: - Boa aula meninas.
Mônica nota a mudança de Ângela.
Mon. Tudo bem com você?
Ang. – Tudo. Você sabe como é, os problemas de sempre. Vamos?
Mônica percebe que Ângela não quer falar e não insiste. Sabe dos problemas que ela passa com a família.
Mônica gosta muito de Ângela, desde pequena. São amigas inseparáveis. Vão aos mesmos lugares, as mesmas festas escolares e como já estava previsto apaixonam-se pelo mesmo rapaz.
Rapaz vindo da cidade grande, não conhecia ninguém da cidade e por coincidência do destino, acabou entrando na mesma escola de Ângela e Mônica. As meninas logo perceberam a beleza do rapaz. Seu nome Rogério. Resolveram se aproximar. Mal sabiam elas a encrenca que estavam se metendo.
Ang. – Olá!
Mon. – Oi! Tudo bem? Eu sou Mônica e está é Ângela.
Rogério vendo as meninas se aproximarem percebeu o interesse e aproveitou para avaliá-las.
Rog. – Oi, eu sou Rogério.
Conversa vai, conversa vem,