Teatro - Triste fim de Policarpo Quaresma

TRISTE FIM DE POLICARPO QUARESMA

PERSONAGENS:

IGOR - POLICARPO QUARESMA
NATANAEL - JECA TATU
JHONY - CORA��O DOS OUTROS
LUCAS BARROS - JECA TATU
LUCAS ANDRADE - MEDICO
RAPHAEL - ALBENAZ
LUCIO - MILITAR
ADEMAR - ADELAIDE
RICIERI - POLICARPO QUARESMA
RUHAN - POLICARPO QUARESMA
AMAURY - MARECHAL FLORIANO PEIXOTO

ROTEIRO

Cena 1: No tribunal

- Natanael - Excel�ncia (juiz): Em vista destas considera��es, o requerente, Policarpo Quaresma, usando do direito que lhe confere a Constitui��o vem pedir que o Congresso Nacional, decrete o idioma ind�gena tupi-guarani como l�ngua oficial do povo brasileiro.
- barros - Figurante 1: Isto � um absurdo Vossa Excel�ncia, este homem � um louco!(!)
- lucio - Figurante 2: Isso � ilegal!Vossa Excel�ncia, onde n�s estamos? Na casa do povo ou em um Manic�mio?!
- Natanael - Excel�ncia (juiz): Sil�ncio Senhores! Sil�ncio!
- ricieri - Policarpo Quaresma: Excelent�ssimo! Chenennhenga jaru�aba. Eu pe�o a palavra.
- barros - Figurante 2: Palavra negada! O senhor n�o � deputado.
- lucio - : Palavra concedida. � um cidad�o contribuinte. Afinal, isto aqui n�o � a casa do povo?
- Excel�ncia (juiz): Com a palavra, o cidad�o Policarpo Quaresma, autor da proposta.
- ricieri: Vossa Excel�ncia, nobres deputados cidad�os brasileiros. A l�ngua � a mais alta manifesta��o da intelig�ncia de um povo e sua cria��o mais viva e original e, certamente, a emancipa��o pol�tica de uma na��o exige uma liberta��o idiom�tica!
- barros: Eu discordo! L�ngua de �ndio n�o liberta ningu�m! N�o pode ser escrita. N�o vai ter mais jornal nem livro.
- Todos: � isso mesmo!
- Excel�ncia (juiz): Sil�nciooo!
- ricieri: A l�ngua portuguesa � emprestada ao Brasil. A l�ngua tupi-guarani n�o! � cria��o dos que viveram e ainda vivem aqui. Por isso � capaz de traduzir as nossas belezas aproximarmos da natureza, adaptando-se perfeitamente aos nossos �rg�os vocais e cerebrais.
- barros: Vossa Excel�ncia, eu por acaso n�o estou nu. Ningu�m nesta