Teatro realista
A partir da segunda metade do século XIX a Europa sofreu grandes transformações em função da Revolução Industrial. Vivenciavam grandes avanços científicos com descobertas no campo da física e química, a introdução das máquinas nas indústrias, a utilização do aço, do petróleo e da eletricidade modificaram a vida das pessoas.
O capitalismo passa a se estruturar em moldes mais modernos com o surgimento de grandes complexos industriais; o trabalho doméstico nas antigas corporações e manufaturas é substituído pelo trabalho nas linhas de produção de fábricas, e o trabalhador se vê obrigado a vender sua força de trabalho em troca de salário; a classe operária cada vez mais numerosa vai se avolumando nas grandes cidades e se submetendo a extensas jornadas de trabalho sem, no entanto receberem o valor necessário à sua manutenção; assim, os proletários não foram beneficiados com todo o progresso alcançado, mas pelo contrario eram cada vez mais explorados e sujeitados à condições subumanas de trabalho.
Critica ao Romantismo
Neste cenário de turbulências onde novas ideias politicas e cientificas se firmavam, lutas de classe e tentativas de revolução se intensificavam, não mais havia lugar para os escapismos próprios do Romantismo; o culto do “eu”; o viver de idealizações; a fuga à realidade, não mais refletiam os interesses das pessoas. Era o Realismo, uma arte mais objetiva, que agora encontraria espaço para se manifestar, uma arte que atendesse ao desejo do momento: de analisar, compreender, criticar e transformar a realidade.
O Realismo era uma reação contra o Romantismo: o Romantismo era apoteose do sentimento; o Realismo é a anatomia do caráter. É a critica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos, para condenar o que houver de mal na nossa sociedade. (Eça de