Teatro Grego – Mito, Atores Coro e Máscaras
O estudo propõe algumas reflexões sobre o papel do mito, dos atores, do coro e das máscaras nas tragédias gregas. A partir da vasta bibliografia existente sobre tragédia, buscamos as mais importantes para a compreensão dos seus papéis, de suas funções em relação à ação dramática e suas importâncias na estrutura do espetáculo concebido pelo autor. A representação se desenvolveu de tal modo a tornar-se predominante, até, em certo tipo de Teatro e módulo fundamental em todos os tipos de Teatro. Se Aristóteles, na Poética, reconhece o espetáculo como a parte da tragédia que mais seduz o espírito, considera-a, no entanto, “a mais estranha à arte e a menos própria da poética” (50b 17).
O Mito no Teatro Grego
Popularmente, o termo mito é utilizado para se referir a histórias fabulosas ou heroicas. É comum relacionar-se a aspectos inacreditáveis, fantasiosos e irreais, como sendo o oposto ao pensamento lógico e racional. Em sentido amplo o mito é uma explicação dos diferentes fenômenos da vida. Ele busca explicações para temas como a origem do mundo, do homem, da família, até das transições de ciclo de vida familiar como o nascimento, o casamento e a morte. “O orador não é responsável pelo que diz no mito, cuja linguagem está vinculada à crença incorporada no aforismo helênico: ‘não inventei isso, apenas ouvi falar por aí’. A maioria dos mitos, inclusive gregos, narra feitos de entes mágicos ou de deuses, o que leva a crer que tenham sido eles próprios seus autores; homens e mulheres apenas os passam adiante.”.
O teatro surgiu do culto a Dionísio e das lendas homéricas. A forma inicial do teatro era dominada pelo coro e pelos heróis trágicos. Como a vida dos deuses da mitologia grega estava diretamente ligada aos habitantes da Grécia, influenciando até as guerras, nada mais natural do que homenageá-los.
O teatro brinca com tudo que é duplo. Vida e morte. Prosperidade e decadência. Guerra e paz. Essa duplicidade